Games – 20 anos de Devil May Cry da Capcom
- Augusto
- 23 de ago. de 2021
- 5 min de leitura
APC – Indica Comemorações games - Devil May Cry 20 anos da franquia, que começou em 23/08/2001, sendo continuação do game Residente Evil, mas como viram que era diferente da franquia e viram um potencial, resolveram investir e criar um novo subgênero nos games essa e nossa dica!
Devil May Cry é um videojogo de ação-aventura, o primeiro da série Devil May Cry, produzido e publicado pela Capcom em 23 de Agosto de 2001 para PlayStation 2. A história decorre nos tempos modernos, na ilha fictícia de Mallet, e centra-se em Dante, um caçador de demónios que usa o seu negócio para obter vingança depois de perder a sua mãe e o seu irmão. Acaba por conhecer uma mulher de nome Trish que o leva numa aventura para derrotar Mundus, o Lorde Demónio. O enredo é contado principalmente através de uma mistura de cutscenes, que usam o motor de jogo e vídeos em full motion pré-renderizados.
O jogo incorpora o uso de alusões e é vagamente inspirado no poema A Divina Comédia, incluindo o protagonista Dante (nome inspirado em Dante Alighieri), o seu irmão Vergil (Virgil) e Trish (Beatrice Portinari). Apesar do foco principal do jogo ser a luta com espadas, o jogador ganha novas armas à medida que vai derrotando os chefes, resultando numa variedade de combos que pode executar.
Originalmente concebido em 1999 como Resident Evil 4, Devil May Cry acabou por ser criado como um jogo independente com a sua própria história, isto porque a equipa de produção sentiu que não se iria adequar bem no estilo da série Resident Evil. Devil May Cry recebeu uma ampla cobertura mediática por parte dos media da especialidade devido ao impacto que causou nos jogos de ação, por causa da sua grande dificuldade e pelas pontuações elevadas que recebeu dos críticos profissionais, com muitos a concluírem que é um dos melhores e mais inovadores videojogos de sempre.
Muitas vezes citado por ter começado um sub-género dentro dos jogos de ação, o "Combate Extremo", é hoje em dia considerado um marco no género hack and slash. Vendeu mais de dois milhões de cópias e o seu sucesso fez com que a Capcom criasse outros jogos com uns a decorrerem antes e outros depois dos eventos de Devil May Cry. É um dos títulos presentes no livro 1001 Videojogos Que Tem de Jogar Antes de Morrer.
Devil May Cry começa com Dante (voz de Drew Coombs) a ser atacado no seu escritório por uma mulher misteriosa, Trish. Ele impressiona-a ao desviar-se com facilidade do seu ataque, e diz-lhe que ele caça demónios na busca daqueles que mataram a sua mãe e o seu irmão. Ela diz-lhe que o seu ataque foi apenas um teste, e que o demónio imperador Mundus, a quem Dante responsabiliza pela morte da sua família, está a planear regressar. A cena salta depois para a chegada de ambos a um imenso castelo, sobre o qual Trish salta abruptamente e desaparece por cima de um muro alto.
Sugerido em Dezembro de 1999, Devil May Cry começou por ser a primeira encarnação de Resident Evil 4. Produzido inicialmente para PlayStation 2, o jogo foi realizado por Hideki Kamiya depois do produtor Shinji Mikami pedir-lhe para criar um novo capítulo para a série Resident Evil. Na altura do Ano Novo, Noboru Sugimura, escritor da série, criou o cenário para o título, baseado na ideia de Kamiya de criar um jogo de ação com muito estilo.
A história tinha como base desvendar o mistério do corpo do protagonista "Tony", um homem invencível, com perícia e intelecto que excedia das pessoas normais e cujas habilidades super-humanas eram explicadas pela biotecnologia. Kamiya sentiu que o personagem visto de um ângulo fixo, não parecia suficiente bravo e heroico nas batalhas, e assim decidiu abandonar o sistema de câmara fixa dos jogos anteriores da franquia Resident Evil, optando por um sistema de câmaras dinâmico. Com esta nova opção a equipa teve de se deslocar à Europa, onde ficaram onze dias no Reino Unido e em Espanha, a fotografar coisas como estátuas, tijolos e pavimentos góticos para serem usados nas texturas.
Devil May Cry recebeu uma ampla cobertura mediática por parte da indústria dos videojogos devido ao impacto que causou no género dos jogos de ação, à sua dificuldade elevada e pela aclamação crítica que recebeu dos críticos profissionais, com vários websites da especialidade a elogiarem Devil May Cry tipicamente no que toca às inovações na jogabilidade, ação, visuais, o controlo da câmara e o ambiente gótico. Pelas mesmas razões, o jogo também foi muito elogiado nas análises feitas pelas revistas da especialidade. A Game Informer resumiu a sua análise ao dizer que o jogo "faz com que Resident Evil pareça um 'zombie' lento". A GameSpy elogiou o conceito e as personagens, o desenho dos níveis (incluindo a arquitetura) e o sistema de armas e conclui dizendo que Devil May Cry "é até agora, o maior assalto aos teus sentidos feito no PS2". A IGN disse que Devil May Cry "é obrigatório para o sistema [PS2]" e refere que é "uma obra de arte pura, e que à medida que vai progredindo fica melhor, mais profundo e mais difícil." A Eurogamer diz que apesar de acabar o jogo em cerca de seis horas "o fato é que, tudo neste jogo é ainda melhor da segunda vez que o jogas do que na primeira". A GameSpot também se refere à duração mas que apesar de tudo "vais adorar cada segundo". O UOL Jogos refere que "visualmente, Devil May Cry é certamente um jogo dos mais bonitos [...] repleto de detalhes e a direção de arte mistura elementos antigos e modernos".
As boas vendas de Devil May Cry acabaram por desempenhar um papel central no crescimento da consola PlayStation 2. Recebeu o prémio "Ouro" da Entertainment and Leisure Software Publishers Association (ELSPA), indicando vendas de pelo menos 200,000 copias no Reino Unido. Em julho de 2006, Devil May Cry já tinha vendido mais de 1.1 milhões de copias nos Estados Unidos, lucrando $38 milhões. A revista Next Generation colocou-o na posição #48 na lista de jogos mais vendidos para PlayStation 2, Xbox ou GameCube, entre janeiro de 2000 e julho de 2006 naquele pais. As vendas combinadas da série Devil May Cry acabariam por chegar aos 2 milhões de unidades nos Estados Unidos em julho de 2006.
Devil May Cry acabaria por eventualmente vender mais de 2.16 milhões de unidades, recebendo por isso o título ‘Platina’ da Capcom.
Devil May Cry é muitas vezes citado por ter começado um sub-género dentro dos jogos de ação, o "Combate Extremo", que se foca em heróis poderosos a lutar contra vagas de inimigos, sempre com estilo na ação. O jogo também é descrito por ter sido o primeiro a capturar com "sucesso, o estilo implacável de jogabilidade fluída, que existe em muitos dos jogos de ação clássicos em 2D". A série também se tornou padrão, contra o qual outros jogos de ação em 3D são equiparados; tais comparações incluem críticas a jogos como God of War, Bayonetta, Chaos Legion, Blood Will Tell e Darksiders. Kamiya considera que o seu jogo Bayonetta (2009) se inspirou a partir de Devil May Cry, isto apesar de referir que na altura em que o estava a produzir estava a jogar Devil May Cry 4.

A serie já vendeu mais de 16 milhões de unidades, com os jogos a conseguirem o título “Platina” da Capcom. O protagonista Dante também recebeu muitos elogios, acabando por se tornar um dos mais famosos personagens da indústria. O sucesso da série levou a criação de livros, banda desenhada, uma série televisiva de anime, publicações, guias e várias figuras de coleção. Durante o Tokyo Game Show em 2010, a Capcom revelou DmC: Devil May Cry, co-produzido pela Ninja Theory e Capcom. O jogo pretendia dar um reinicio a série com temas similares, satirizando a sociedade. Na E3 2018, foi revelado um novo jogo, Devil May Cry 5, lançado em março de 2019.
Nosso Ponto de Vista: pelo que vimos saiu meio que sem querem, mas que deu certo Devil May Cry abriu portas para vários games que são sucesso e até hoje, e ótimos para jogar, sempre inovando a Capcom, jogo superdivertido principalmente com o tempo e suas continuações são excelente, essa e nossa dica
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